CRISTO É DEUS?

A chave para entender a Bíblia e Deus é a pessoa de Jesus Cristo. Não há nenhuma outra pessoa na história que tenha afetado tanto a humanidade como Jesus Cristo. Nenhuma pessoa tem sido tão honrada e adorada como Ele, e entretanto tenha, ao mesmo tempo, permanecido um mistério para a  mente humana. Muitos historiadores O consideram um grande líder, e muitos reformistas sociais O consideram um grande mestre da humanidade.
Napoleão comparou-se a Alexandre Magno, Júlio Cesar e Carlos Magno, mais reconheceu que Jesus estava acima de todos eles e pertencia a uma classe diferente.
Os primeiros marxistas negavam que Ele era Deus, e Engels, inclusive, negou que Jesus houvesse existido. Porém os marxistas logo admitiram que os esforços para eliminar Jesus da história e da cultura europeia eram infrutíferos e absurdos, e que Jesus é “um exemplo dos valores humanos mais sagrados”.
         Entretanto, perguntamos: é Jesus de Nazaré meramente um grande líder, um grande mestre ou um modelo dos valores mais sagrados? Quem é Jesus? Esta é uma das grandes perguntas que os homens se fazem desde que Jesus nasceu, há dois mil anos. Os judeus de seu tempo, seus opositores, disseram que ele era tão somente um carpinteiro de Nazaré e filho de José; disseram que Ele era somente um homem. Outros, entre os judeus, disseram que Ele era João Batista ou Elias ou Jeremias ou alguns dos profetas. Os nãos cristãos de geração anteriores à nossa, disseram que Ele era um religioso revolucionário, um grande filósofo, um nobre moralista ou um mártir.
         Mas um dia, logo após o início de Seu ministério entre os homens, o próprio Jesus teve um intenso desejo de revelar-se a Seus discípulos. Então levou-os a um lugar chamado Cesaréia de Filipe, longe da Jerusalém, onde a atmosfera da velha religião judaica ocupava o pensamento dos homens. Em Cesaréia de Filipe, Ele perguntou a Seus discípulos: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista, outros: Elias: e outros: Jeremias ou alguns dos profetas” ( Mt 16:13-14).
         Em seguida, Jesus lhes fez uma pergunta muito categórica, a qual todos nós devemos responder: “Mas vós, (...) quem dizeis que eu sou?” (versículo 15). Somente um dos discípulos de Jesus, Pedro, respondeu: “ Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” ( v. 16). Ao dizer que Jesus era o Filho do Deus vivo, Pedro estava dizendo que Cristo era o próprio Deus( João 10:30,33; 5:18; 1:1; 20:28; 1 João 5:20; Filipenses 2:6; Hebreus 1:8). O Senhor respondeu a Pedro: “ Bem- aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que te revelou, mais meu Pai que está nos céus” ( Mateus 16:17). Necessitamos da revelação celestial para receber a bem – aventurança de ver quem realmente Cristo é.
         O evangelho de João conta a história de um discípulo chamado Tomé que se recusou a crer nos outros discípulos quando estes lhe disseram que havia visto ao Jesus depois da Sua ressurreição. Tomé disse: “Se eu não vir nas suas mãos o sinas dos cravos, e ali não puser meu dedo, e não puser a minha mão no seu lado, de modo alguma acreditarei” ( João 20:25). Oito dias depois Jesus apareceu a Seus discípulos novamente, e desta vez Tomé estava com eles: “ E logo disse a Tomé: põe aqui o seu dedo e vê as minhas mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado; não sejais incrédulo, mais crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem - aventurado os que não viram e creram” ( VS. 27-29). A declaração de Tomé ao crer foi que Jesus era o seu Senhor e seu Deus.
         Um dos fundamentos mais importantes da fé cristã é a confissão de que Cristo é Deus. Cristo não é somente um grande homem; Ele é o próprio Deus. Quando Pedro, um dos discípulos, declarou que Cristo era o filho do Deus vivo, ele estava proclamando um dos maiores mistérios do universo. A igreja Cristã foi fundada sobre esta revelação da pessoa divina de Cristo. Martinho Lutero, o reformador protestante disse: “Apegue-se a Jesus como a um homem, e descobrirá que ele é Deus”.
Se você quer saber quem é determinada pessoa, deve perguntar isso a ela. Ao longo da história, nenhum filósofo, líder religioso nem sábio, ousou declara-se Deus. Somente Jesus disse que era Deus.

O Nascimento de Cristo por meio da Concepção do Espírito Santo e de uma Virgem Demonstra que Ele é Deus

         Existem muitas evidências de que Cristo é Deus. A primeira prova é a maneira como Ele nasceu aqui na Terra. A maneira como uma pessoa nasce diz muito acerca de sua origem. Cristo nasceu de uma virgem chamada Maria. Ele não nasceu pela concepção humana, mais foi concebido pelo Espírito Santo ( Mateus 1:18,20). Se Ele fosse um simples ser humano, teria vindo da mesma forma que os demais. Mais Jesus Cristo veio à Terra de uma forma diferente de todos os seres humanos. Todos os seres humanos nascem de pais humanos, mais Jesus veio com uma mescla do Espírito Santo com o homem. Nos séculos passados, muitas pessoas tentaram refutar o fato histórico de uma virgem ter dado à luz, dizendo que tal acontecimento contraria a ciência. Todavia, devemos levar em conta o fato de que a ciência somente pode explicar fenômenos naturais, não tendo como explicar fenômenos sobrenaturais, pois eles estão além do alcance de uma investigação científica. Deus, o Criador do universo e o Autor de todos os princípios científicos, certamente não está limitado pelas leis naturais. O mais razoável é que Deus tenha vindo à terra de forma sobrenatural, diferente de todos os outros mortais.
         O fato de Cristo ter sido concebido pelo Espírito Santo e ter nascido de uma virgem humana significa, em primeiro lugar, que Jesus trazia dentro de si a divindade. Uma concepção humana implica conter o elemento humano e uma concepção divina contém o elemento divino. Todo ser humano contém somente o elemento humano, mais somente Jesus Cristo nasceu com os elementos divino e humano. Isso comprova que Ele é o único Deus-homem.
         Em segundo lugar, todos os nascimentos humanos trazem consigo o elemento do pecado. Mas um nascimento que é diferente do nascimento natural não traz o elemento do hereditário humano do pecado. Ele era Deus-homem sem pecado, o Deus completo e o homem perfeito.
         O profeta Isaías assim falou sobre o nascimento de Cristo: “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre seus ombros, e o nome será (..) Deus Forte, Pai da Eternidade” ( Isaías 9:6). Cerca de setecentos anos antes do nascimento de Jesus, Isaías predisse que Jesus seria um menino nascido para nós como Deus forte e nos seria dado um filho que seria Pai Eterno. O profeta Miquéias também nos deu uma surpreendente profecia setecentos anos antes do nascimento de Cristo. Ele disse que da cidade de Belém sairia alguém que seria o Senhor de Israel, e Suas origens seriam “Desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” ( 5:2). Essa profecia mostra que na eternidade passada Deus planejou introduzir-se na humanidade. Assim, por meio do nascimento de Jesus, Deus saiu da eternidade, entrou no tempo, introduziu-se com Sua divindade na humanidade e mesclou-se com o homem. Jesus é o próprio Deus mesclado com a humanidade.

Os Títulos de Cristo Indicam que Ele é Deus

         Quando Cristo nasceu, foi-lhe dado o nome de Emanuel, que significa “Deus conosco” ( Mateus 1:23). Esse título que não pode ser adotado por qualquer pessoa. Jesus podia chamar-se por esse nome porque Sua vinda era a vinda de Deus, e Sua presença era a presença de Deus com o homem. Não podemos dizer que somos “Deus com o homem”, porque somos somente humanos, mais a vinda de Jesus Cristo era a vinda de Deus para o homem.
         Ele recebeu também o nome de Jesus, que significa “ Jeová, o Salvador” ( Mateus 1:21). Jeová é o nome da pessoa de Deus no Antigo Testamento. Dizer que Cristo é Jesus equivale a dizer que Ele é Jeová. Ele não temeu ser chamado de Jeová, o Salvador, porque Ele é o próprio Deus.

As Declarações do Próprio Cristo

Quando viveu na terra, Jesus sempre esteve consciente de que era Deus. Ele mesmo disse aos judeus: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8:58). O livro de Êxodo nos diz que o nome de Deus é Eu Sou ( 3:14). Quando Jesus disse: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou”, os judeus pegaram pedras para atirar Nele, porque entenderam que Jesus referia a Si mesmo como sendo Deus. Jesus, como o grande Eu Sou é o Deus eterno, que sempre existiu.
         Ele chamava a Deus de Pai ( João 17:1), e não temia chamar-se Filho de Deus ( Mateus 16:16). Nenhum líder religioso jamais se atreveu a chamar-se Deus. Nem Maomé, nem Confúcio, nem Sócrates, nem líder algum, por mais que se tenha destacado, declarou ser Deus. Jesus, porém, repetidas vezes proclamou que era Deus. Mataram-No porque Ele declarou ser Filho de Deus ( Mateus 26:63-66). Seus discípulos declaram abertamente que Ele era Deus.

         Qualquer pessoa que afirme ser Deus ou está louco, ou é mentiroso ou é realmente Deus. Cristo não podia estar louco porque suas palavras demonstravam sabedoria e sobriedade e vieram a ser a base de toda civilização ocidental. Ele não era mentiroso, pois nenhum mentiroso estaria disposto a sacrificar a própria vida por sua mentira. A única possibilidade que resta é que Ele é o próprio Deus. Alguns talvez admitam que Jesus tivesse um nível moral muito elevado, mais ainda assim não creem que Jesus seja Deus. Porém, se você admite que o nível moral Dele era muito elevado, isso significa que você crê que Ele não era um mentiroso, portanto você deve aceitar que sua declaração sobre Sua divindade era verdadeira. Jesus afirmou muitas vezes que Ele era Deus. Se você admira Sua moralidade, deve reconhecer também sua deidade.
         Napoleão Bonaparte, quando foi confinado na ilha de Santa Helena, perguntou ao Conde Montholon: “Você pode me dizer quem foi Jesus Cristo?” Não obtendo resposta, disse Napoleão: “Muito bem, então eu lhe direi. Alexandre, César, Carlos Magno e eu mesmo fundamos grandes impérios... pela força. Mas Jesus, sozinho, fundou Seu império somente no amor... Digo-lhe que todos aqueles foram homens, e nenhum se compara a Ele; Jesus Cristo foi mais que um homem. Ele pede o coração do homem, e o exige incondicionalmente; e imediatamente lhe é concedido. Assombroso!... Todos os que creem Nele sinceramente experimentam esse notável amor sobrenatural por Ele. O tempo, o grande destruidor, não tem poder para extinguir essa chama sagrada. Isso é o que demonstra irrefutavelmente a divindade de Jesus Cristo!”.

Os Milagres de Cristo Mostram que Ele é Deus

Outra prova da deidade de Cristo são seus milagres que Ele realizou. Um dos mestres judeus de Seu tempo, Nicodemos, confessou que ninguém poderia fazer os milagres que Cristo fazia a menos que Deus estivesse com Ele (João 3:2). Durante Seus três anos e meio de ministério Cristo curou leprosos (Lucas 5:12-13), restaurou coxos ( Mateus 11:5), mudos ( Marcos 7:37), cegos ( Mateus 9:27-30) e inclusive ressuscitou mortos ( João 11: 43,44). Ele expulsou demônios (Mateus 8:28-32), e acalmou a tempestade( Mateus 8:23-27). Ele alimentou cinco mil pessoas com apenas cinco pães e dois peixes (Mateus 14: 15-21). Transformou a água em vinho ( João 2: 1-11) e caminhou sobre o mar ( Mateis 14:25). Ele tinha poder sobre a natureza e poder sobre os demônios. Ele exerceu Seu poder e autoridade para manifestar o Reino de Deus entre os homens e inclusive deu esse poder e autoridade aos seus discípulos. Alguns profetas do Antigo Testamento realizaram milagres, mais nenhum fez os milagres que Jesus realizou. Jesus podia ressuscitar mortos porque Ele é Deus e porque tem o poder da vida. Ele proclamou ser a ressurreição e a vida ( João 11:25). Ele provou ser o Senhor sobre a natureza e sobre Satanás. O Evangelho de João diz que esses milagres manifestam Sua glória ( João 2:11) e demonstram que Ele é o Filho de Deus ( João 20:30-31).

As Palavras de Cristo Testificam que Ele é Deus

Ainda mais surpreendente que os milagres de Cristo são Suas palavras. Ele falou com autoridade e vida ( Mateus 7:28-29; João 6:63). Grandes líderes do mundo têm deixado palavras de sabedoria para a posteridade, porém nada na história tem alterado tantas vidas como Cristo o fez com suas palavras. Suas palavras dão vida a milhões de pessoas e têm feito com que um sem numero dessas pessoas sejam martirizadas por sua causa.
Napoleão podia persuadir seus soldados a morrer por sua causa enquanto estava vivo, mais quando ele morreu, sua causa morreu com ele. Entretanto, dois mil anos após a morte de Cristo, homens e mulheres de todo o mundo estão dispostos a viver e morrer por Ele. Suas palavras são citadas em livros, bibliotecas, congressos e escolas em todo mundo. Seus ensinamentos sobre a moral e as relações entre os homens se tornaram a base para a busca de uma sociedade justa e humana (Mateus 5 ---7). Porém o mais surpreendente dos Seus ensinamentos não foi a sabedoria e a moral que Ele transmitiu, senão as Suas extraordinárias declarações sobre Si mesmo. Disse Ele: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14: 6). Disse também: “Eu sou a ressurreição” (João 11:25). Ele disse aos homens que é a luz do mundo e que quem O segue não andará nas trevas (João 8:12). Ele4 disse que é o pão da vida e que quem vem a Ele jamais terá fome ( João 6:35). De fatos, podemos dizer que a parte mais importante dos Seus ensinamentos é o que Ele disse acerca de Si mesmo. Muitos Líderes religiosos ensinam doutrinas aos homens, porém essas doutrinas nada têm a ver com os próprios mestres. Os ensinos de Cristos, porém estão estreitamente ligados à Sua pessoa. Se tirarmos Cristo não restará doutrina para a fé cristã. A fé cristã está centrada no que Cristo é. A pessoa de Cristo é a própria doutrina. Sem Cristo não há doutrina.
Ghandi não podia dizer que era a luz do mundo, tampouco Aristóteles podia dizer que era o caminho, a verdade e a vida. Os maiores filósofos do mundo podem, no máximo, dizer que mostram o caminho aos outros, mais não podem nunca dizer que eles são o caminho. Mas Cristo disse que era o caminho, a verdade e a vida. Um filósofo francês disse certa vez que se o registro dos Evangelhos fosse uma farsa, aquele que o forjou estaria qualificado para ser o próprio Cristo.

O Fato de Cristo não ter Pecado Indica que Ele é Deus

A Vida de Cristo na terra foi sem pecado. Uma vez levaram a Ele uma mulher apanhada em flagrante adultério. A lei judaica naquele tempo exigia para esse caso o apedrejamento até a morte. Os que estavam em torno de Jesus puseram-No à prova. Se Jesus dissesse que a mulher deveria ser apedrejada, Ele seria acusado de falta de amor pelo próximo, contrariando o que vinha pregando; e se dissesse que a pena de apedrejamento não deveria ser aplicada, seria acusado de ir contra a própria lei judaica. Contudo, Jesus, olhando a multidão, disse apenas que aquele que não tivesse pecado fosse o primeiro a atirar a pedra. Ao ouvir isso, todos se retiraram um após o outro, começando pelos mais velhos. Finalmente só ficaram Jesus e a mulher que pecara (João 8:1-11). Ele podia desafiar a multidão porque não tinha pecado. Se Ele tivesse pecado não teria a ousadia de desafia-los, como fez.
Sua mãe e Seus irmãos na carne estavam entre aqueles que conviviam com Jesus quando Ele estava na terra. Nenhum deles colocou dúvida em Sua declaração de que não tinha pecado. Isso com prova que Ele é Deus porque Deus é o único que não tem pecado. A Bíblia diz que quando Ele vivia n aterra, era igual a nós em tudo, porém sem pecado (Hebreus 4:15). Quando Jesus foi levado diante do governo romano, este declarou que não podia condená-lo por nenhum pecado segundo os preceitos da lei romana. ( Lucas 23:4). O ladrão que foi crucificado junto com Ele também declarou que Jesus não havia feito mal algum (Lucas 23:41). Judas, o discípulo que O traiu, confessou que havia traído sangue inocente ( Mateus 27:4), e o centurião que O crucificou proclamou” verdadeiramente este homem era justo” ( Lucas 23:47). Antes de Sua morte Ele foi julgado e examinado por nove grupos de pessoas: os anciãos do povo, os principais sacerdotes, os fariseus zelosos, os saduceus incrédulos, os herodianos políticos, os legalistas doutores da lei, o governador romano – Pilatos--, Herodes e o sumo sacerdote. Em todas essas investigações ficou demonstrado que Ele não tinha pecado. O fato de Cristo não ter pecado comprova que El é Deus.

A Autoridade de Cristo para Perdoar Pecados Comprova que Ele é Deus

Além de não ter pecado, Cristo podia perdoar o pecado dos outros. Certa vez quando lhe trouxeram um paralítico, Ele disse ”Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os seus pecados” ( Mateus 9:2). Os escribas se indignaram com isso, porque sabia que somente Deus podia perdoar os pecados dos homens, e o fato de Jesus perdoar os pecados do paralítico implicava que Ele cria ser Deus. Ele podia dizer o que disse, porque, de fato, era Deus! Ele tinha autoridade para perdoar os pecados ( Mateus 9:6). Em outra ocasião, uma mulher pecadora veio a Jesus e Este lhe disse: “Perdoados são os seus pecados” (Lucas 7:48). Os que estavam comendo com Ele na mesma mesa disseram entre si: “ Quem é este que até perdoa pecados?” ( v.49). Cristo podia perdoar pecados porque Ele é  o próprio Deus.

A Morte de Cristo Comprova que Ele é Deus

Depois de viver cerca de trinta e três anos entre os homens, Cristo morreu. Sua morte foi extraordinária e diferente da morte de qualquer outro homem. Todos os líderes religiosos morrem como homens e são sepultados como homens, porém Cristo morreu de maneira diferente de todos os demais. Sua morte foi distinta da morte humana em seis aspectos:
Em primeiro lugar Ele falou de Sua morte aos seus discípulos antes que ela ocorresse. Mostrou a eles que lhe “ era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia” ( Mateus 16:21). Ele não só predisse Sua morte como também que ressuscitaria três dias depois. Isso demonstra que Sua morte não foi acidente nas mãos dos homens, antes, foi uma morte ordenada de antemão por Deus.
Em segundo lugar, Sua morte foi o cumprimento exato das profecias relativas ao Messias, preditas pelos profetas centenas de anos antes. No Antigo Testamento, no Salmo 22:15-18, é descrita a cena da morte de Cristo: “ Secou-se o meu vigor,como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si minhas vestes, e sobre minha túnica deitam sortes”. Essa é a descrição viva da forma como o Messias haveria de morrer. Se lermos a narração dos Evangelhos, veremos que foi exatamente assim a morte de Cristo. Quando Ele estava na cruz, Suas mãos e Seus pés foram verdadeiramente traspassados. A desidratação causada pelo derramamento de sangue e água seguramente fez com que Sua língua se apegasse ao palato e que Seus ossos se evidenciassem. O Evangelho de Mateus 27: 35 diz que quando os soldados crucificaram a Cristo, logo a seguir “ repartiram entre si as suas vestes, tirando a sorte”, e isso foi exato cumprimento das palavras proféticas do Antigo Testamento.
Em terceiro lugar, já se havia preanunciado com centenas de anos de antecedência a hora e a forma da morte de Cristo na tipologia do Antigo Testamento. No livro de Êxodo, capítulo 12, o registro sobre a festa da páscoa nos diz que um cordeiro devia ser preparado para o sacrifício ( VS. 3,5,6). Esse cordeiro deveria ser sem defeito e examinado durante quatro dias que antecedia o dia da Páscoa. O cordeiro devia ser morto no décimo quarto dia do primeiro mês em um suporte de madeira em forma de cruz¹. Esse é o quadro completo da forma em que Cristo morreu na cruz. Antes de ser colocado na cruz, Ele foi examinado pelos judeus e gentios e foi encontrado sem qualquer culpa. Sua morte também ocorreu no dia quatorze do primeiro mês, no dia da páscoa ( Marcos 14: 12-17; João 18:28).
Em quarto lugar, quando Cristo estava para morrer disse: “Está consumado”. (João 19:30). Tendo dito isso, morreu. Quando um ser humano comum morre, termina aí sua carreira. Não importa quão importante ele tenha sido; uma vez que deixa o mundo, seu trabalho termina. Porém, a morte de Cristo não determinou o fim de Cristo, pelo contrário, foi o ponto culminante de Sua obra. A morte marcou não o final de Sua carreira, mais o ponto alto de sua Obra. Tal morte certamente não foi comum, mais uma morte com um grande significado e que implica grandes objetivos.
Em quinto lugar, a morte de Cristo provocou eventos sobrenaturais, o que demonstra a natureza sobrenatural dela. A morte dos homens é a morte de pecadores pelos seus próprios pecados, porém a morte de Cristo é a morte de Deus, na forma de um ser humano, pelos pecadores. Como tal, foi uma morte extraordinária. Quando Cristo morreu, trevas cobriram a Terra em pleno meio-dia; a terra tremeu e as rochas se fenderam, os sepulcros se abriram e os corpos de muitos santos que dormiam ressuscitaram e foram vistos por muitos em Jerusalém ( Mateus 27: 45, 51-53). Em toda a história da humanidade, quem teve morte semelhante a essa? O fenômeno foi tão assombroso que o centurião e os que com ele guardava Jesus, se espantaram e atemorizados disseram: “ Verdadeiramente este era Filho de Deus” ( Mateus 27:54). A criação se agitou de temor e tremor porque era o Criador que havia morrido na cruz.
Em sexto lugar, a Bíblia diz que Cristo morreu como substituto de todos os pecadores ( 1 Pedro 3:18) e ofereceu-se a Deus como sacrifício pelos pecados do mundo ( João 1:29; 1 João 2:2). Enquanto Cristo estava cravado na cruz, Deus colocou os pecados do mundo sobre Ele e O considerou o único pecador, aquele que deveria sofrer uma morte substitutiva por todos os homens (2 Coríntios 5:14). Nenhum ser humano comum, ainda que não tivesse pecado, estaria qualificado para ser o substituto de todos os homens e carregar os pecados do mundo todo. Só um homem podia morrer pelos homens e pelos pecados deles, e somente Deus é suficientemente grande para abraçar todos os homens e levar sobre Si o enorme peso dos pecados do mundo. Consequentemente, Aquele que morreu pelos pecadores e pelos pecados deles só podia se um Deus- homem, o verdadeiro Deus mesclado com o homem genuíno. Este é Jesus Cristo, nosso Salvador.
Finalmente, a eficácia eterna da morte redentora de Cristo comprova que Cristo é Deus. A eficácia da morte de Cristo é eterna, sem limitação de quanto a tempo e espaço. A morte eficaz de Cristo se aplica a cada um que Nele crê, sem levar em conta o tempo e o espaço. A morte substitutiva de Cristo realizou para nós um redenção eterna ( Hebreus 9: 12-14). Se Cristo morresse meramente como um homem, a eficácia da Sua morte nãoseia eterna. Somente Deus é eterno, e somente o que Deus cumprir pode ter um efeito eterno. O sangue que Cristo derramou na cruz por nós não era somente o sangue de Jesus, o homem, mais também o sangue do Filho de Deus (1 João 1:7), o sangue do próprio Deus ( Atos 20:28); portanto, capaz de purificar-nos de todo o pecado. Seu poder para limpar é infinitamente maior que nossa capacidade de cometer pecados. O fato de Cristo ter morrido como um homem genuíno qualifica-O para derramar Seu sangue para redimir-nos como homem, e o fato de Cristo ser também Deus nos dá a certeza da eficácia eterna da Sua redenção por nós. Desse modo, a eficácia eterna da morte redentora de Cristo é uma prova segura de que Ele é o próprio Deus.

A Ressurreição de Cristo prova que Ele é Deus

O aspecto mais maravilhoso com relação a Cristo não se refere somente à forma como ele morreu, mas ao fato de que ele não permaneceu na morte pois, ao terceiro dia levantou-se do sepulcro ( Mateus 28: 1-6) . Esse é um fato histórico que nenhum historiador pode mudar. Cristo ressuscitou com um corpo e durante quarenta dias apareceu aos Seus discípulos muitas vezes (1 Coríntios 15: 4-7; Atos 1:3).Muitos críticos modernos rejeitam a ressurreição por considera-la um mito ou uma história que foi inventada pelos primeiros discípulos. Porém o fato de tentas testemunhas terem visto Cristo depois de Sua ressurreição, e o fato de que o encontro delas com Cristo ressuscitado tenha causado mudanças profundas em suas vidas, comprovam de maneira convincente que a ressurreição não foi inventada. Antes da ressurreição de Cristo os discípulos estavam temerosos e desanimados; inclusive Pedro havia negado o Senhor por três vezes (Lucas 22:54-62).  Depois da ressurreição de Cristo, esse mesmo grupo de pessoas tornou-se intrépido e corajoso. Pedro foi o primeiro a levanta-se no dia de Pentecostes para pregar diante de mais de três mil pessoas (Atos 2:14). Nenhuma invenção pode produzir uma mudança que transforma a vida; nem podiam os discípulos estar em alguma espécie de alucinação religiosa porque todos falavam e se portavam de maneira sóbria e responsável. A igreja cristã primitiva não era uma comunidade de lunáticos iludidos, mas era um corpo de crentes adequados, retos e sóbrios. A ressurreição de Jesus Cristo é o maior fato histórico da humanidade. Mudou o curso da história humana e abriu o caminho para que o homem tivesse uma nova vida em Cristo.

A Ascensão de Cristo e Seu Viver pata Sempre Comprova que Ele é Deus

Quase dois mil anos se passaram desde que cristo ressuscitou. ( Visto que Cristo morreu e ressuscitou no ano 30). Durante esse período a história da humanidade tem provado que nada pode destruir ou remover Cristo de Seu lugar no mundo. Reis e impérios vieram e passaram. O império Romano, que em certo período da história foi orgulho da civilização antiga, desmoronou; porém, o pequeno Jesus de Nazaré, aquém ele perseguiu, triunfou e permaneceu. Quarenta dias após sua ressurreição, Cristo subiu aos céus e assentou-se à destra de Deus ( Atos 1:9;2:33-36).Hoje Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores( Apocalipse 19:16). Ele é Deus e rege o mundo todo. Grandes reis e dinastias imperiais edificaram monumentos e edifícios em sua própria memória somente para vê-los fragmentar-se diante dos olhos da sua posteridade. Mas o nome de Cristo permanece e Sua cruz brilha através das eras com uma glória que aumenta continuamente. Reis e conquistadores têm instituído calendários para comemorar seus reinados, porém o único calendário que tem permanecido é o de Cristo. Atualmente, tanto o oriente quanto o ocidente, desde a nação mais industrializada até a mais retrógrada, todas elas usam o calendário universal, o calendário de Cristo. Sem se dar conta, o mundo inteiro reconhece que Cristo é o único Rei e Soberano supremo.
Atualmente, todos os eventos mundiais estão nas mãos de Cristo. Ele é o verdadeiro Administrador do universo ( Apocalipse 1:5). Ele não permite que o mal se perpetue e não abandonou a humanidade ao se próprio destino, Por detrás da grande roda da história humana está a mão onipotente do próprio Cristo.
Quando os judeus mataram a Jesus, eles pensaram que os discípulos que O rodeava iriam dispensar-se em breve tempo. Não esperava que em menos de dois meses a situação se reverteria por completo e milhares se converteriam a cristo. O Império Romano menosprezava as pequenas comunidades cristãs e confiava que em pouco tempo seu poder imperial esmagaria um movimento tão débil. Não sabiam, porém, que em menos de quatro séculos os seguidores de Jesus, o nazareno, se propagaria como fogo por todo o domínio romano, até o ponto de devorar o próprio império. Há setenta e cinco anos (levando em conta que essa mensagem foi dada no ano de 1992), os comunistas proclamaram que o cristianismo desapareceria nessa mesma geração. Não esperavam que por todo o mundo os cristãos se multiplicariam em milhares e milhões, inclusive dentro dos próprios países que se proclamavam ateus. Hoje, na Rússia, China e Estados Unidos, milhões de cristãos dão seu testemunho de fé que encontraram em Jesus Cristo. A cada dia, milhares de pessoas se voltam para Cristo e a Ele entregam a vida. A fé Cristã não morreu, pelo contrário, está mais viva que em qualquer outra época da história do homem. Tudo isso comprova, uma vez mais, que Jesus Cristo é Deus e vive para sempre.

Crer que Jesus é Deus

O cristão não é uma pessoa que crê em uma religião morta, antes, é uma pessoa que crê em um Salvador que vive. Jesus Cristo morreu há quase dois mil anos, contudo hoje Ele vive para sempre ( Apocalipse 1:18). Quando uma pessoa invoca o Seu nome e Nele crê ( Romanos 10:9), Cristo, como o Espírito que dá vida, entra nela e transforma a sua vida. Maomé morreu e seu tumulo está em Meca. Alexandre Magno morreu e jaz em seu túmulo. Todos os grandes líderes mundiais morreram e estão em seus túmulos ou mausoléus; porém, Jesus Cristo vive; Seu sepulcro está vazio e Ele agora vive dentro de milhões daqueles que Nele creem. Se você invocar a Alexandre Magno, não receberá resposta porque ele está morto. Porém se invocar a Jesus, Ele entrará em você e transformará a sua vida. Ele converterá seu vazio em realidade, suas trevas em luz, sua debilidade em força, seu medo em coragem e seus sofrimentos em gozo e alegria. Todos os que invocam o nome do Senhor Jesus certamente serão salvos ( Romanos 10:13).
Um dia Cristo aparecerá de novo nesta terra e nela estabelecerá o Seu Reino celestial ( Apocalipse 11:15). A Bíblia diz que o céu espera que esse dia chegue ( Atos 3:21). Contudo, hoje você pode experimentar esse Cristo, crendo Nele. Se você abrir a Ele seu coração, Ele entrará em você e em você estabelecerá Seu Reino. Você será tirado do reino das trevas, e levado ao reino da luz ( colossenses 1:13). Cristo será a nova vida dentro de você  ( Colossenses 3:4) e você será uma nova pessoa em Cristo ( 2 Coríntios 5:17).
( Este livrete tem como base uma série de mensagens de evangelização dadas em 1992, em Moscou e São Petersburgo, Rússia)

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