Cristo é a imagem do Deus invisível

Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.(João 1:18)

Começamos, porventura, outra vez a recomendar-nos a nós mesmos? Ou temos necessidade, como alguns, de cartas de recomendação para vós outros ou de vós? (2 Coríntios 3:1)

E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. (2 Coríntios 3:18)

“Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Colossenses 1:15).

    Na expressão “imagem do Deus invisível”, a palavra “imagem”, no original grego, é eikon e não se refere apenas à forma externa ou física, nem se refere à semelhança, porque o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. A semelhança é mais superficial, e a imagem é mais intrínseca, não é meramente uma aparência externa. Em Hebreus lemos: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (1:3). O que é o resplendor da glória? A glória é o próprio Deus, e o resplendor da glória é Cristo. Vamos explicar com o exemplo do sol: ele é uma fonte de luz, e seu resplendor são os raios de luz que saem dele. Igualmente Deus é como uma fonte de luz, e Seu resplendor é Cristo, que sai Dele.

    E o que é a “expressão exata do seu Ser”? Em Hebreus “seu Ser” é hupostasis, palavra grega que indica o próprio “ser de Deus”. Algumas traduções dizem a própria “substância de Deus”, ou seja, Cristo é a expressão exata da substância de Deus. A “expressão exata”, no original grego, é charakter, que significa “estampa”, “imagem impressa ou gravada”. Se Deus é a substância, Cristo é quem grava a substância em nós. Ele estampa Deus em nós como um selo. Semelhantemente ninguém consegue aproximar-se do sol, mas este chega ao homem por meio dos raios de luz que emite. É por meio desse resplendor que desfrutamos da luz, do calor e da energia solar. Ninguém jamais viu a Deus, mas o Filho unigênito, que está no seio do Pai, foi quem O revelou (Jo 1:18).

    Para elucidar esse assunto, leiamos: “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2 Co 4:6). Deus é o sol, e, por meio de Seu resplendor, que é Cristo, podemos conhecê-Lo. Estávamos no império das trevas, e, de repente, Deus fez resplandecer a luz. O Senhor Jesus resplandeceu em nosso coração! Caro leitor, quando Cristo resplandeceu em suas trevas como luz, na verdade quem resplandeceu em você foi o próprio Deus! Cristo é a imagem de Deus, e, quando recebemos Sua imagem, recebemos o próprio Deus. Quando olhamos para a “face de Cristo”, vemos a glória de Deus. Quando, sem véu, contemplamos o Senhor, vemos a glória de Deus e somos transformados por ela (2 Co 3:18). Isso é maravilhoso!

    A afirmação “Cristo é a expressão exata do seu Ser” é reforçada no terceiro capítulo de 2 Coríntios: “Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” (vs. 2-3). Cristo é a estampa, pois é Ele quem grava em nós a substância de Deus. O Senhor está estampando, gravando e esculpindo a substância de Deus em nosso coração.

    Aleluia! O Espírito de Deus escreveu uma carta, “produzida pelo nosso ministério”, que gravou a substância Dele em nosso coração e que nunca mais será apagada. A palavra profética produz tudo isso que faz parte da história de amor de Deus. Se recebemos e praticamos com simplicidade a palavra profética, podemos ter a certeza de que Deus escreve uma carta em nosso coração, onde é gravada a substância Dele. Quando recebemos Cristo, por meio da palavra, recebemos a estampa que grava em nós a própria substância de Deus. E jamais será apagada!

ALIMENTO DIÁRIO / Cristo, o centro conector da obra de Deus

Vol. 3 - Vinculados em amor

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